quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Minha alma também é corsária!

Graças a um amigo, da época de escola, que reencontrei via Facebook (viva a tecnologia!), descobri a Claudia Roquette-pinto e posso dizer que foi amor à primeira leitura! Identifiquei-me com vários de seus escritos... mergulhei em muitos deles, mas... Ahhh, foi  com a "Alma corsária", especialmente estes versos, que ela me ganhou de vez! Me fisgou! Virei automaticamente fã! Talvez por eu também ter inveja das águas, por não saber onde começo e onde termino... talvez eu nem tenha, ainda, começado pra valer, e estou, portanto, tão longe de terminar... 

Talvez a identificação tenha sido tão plena por eu também me sentir engolida pelo mundo (e às vezes tenho a sensação de que sou maior do que ele e é ele que mora em mim), por viver sofrendo assédio de tudo o que me toca, por eu viver me apaixonando por casos perdidos, por eu, enfim, ter a alma meio corsária...



"Por tudo isso é que eu me perco
em coisas que, nos outros,
são migalhas.
Por isso navego, sóbria, de olho seco,
as madrugadas.
Por isso ando pisando em brasas
até sobre as folhas de relva,
na trilha mais incerta e mais sozinha.

Mas se me perguntarem o que é um poeta
(Eu daria tudo o que o que era meu por nada)
eu digo.
O poeta é uma deformidade."

(Claudia Roquette-pinto)

Um comentário:

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