sábado, 24 de março de 2012

Tentando não me perder...


"O que tem de ser, tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância, os afastamentos que acontecem. Tudo volta! E voltam mais bonitas, mais maduras, voltam quando têm de voltar, voltam quando é pra ser. Acontece que entre o ainda-não-é-hora e nossa-hora-chegou, muita gente se perde. Não se perca, viu?"

(Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 22 de março de 2012

Sem desanimar...



Com o tempo aprendi, e tenho aprendido mais e mais, a não ficar muito atenta ao que me dizem, por já ter percebido que há tantas pessoas querendo ver a nossa tristeza, a nossa desgraça, a nossa destruição... e muitas vezes desejando exatamente o contrário! Encenação pura!

Hoje tento absorver menos, caminhar mais... e, principalmente, me silenciar mais! Já foi a época em que eu contava todos os meus planos e sonhos... Hoje eles moram em mim... Simples assim... e isso tem me bastado. São segredos entre mim e Deus.  Os resultados, porém, virão, e em breve, sem que eu precise ficar me alterando ou argumentando com muitos aprendizes de Judas!

quarta-feira, 14 de março de 2012

2 anos e 7 meses


Mais um mês desfrutando dessa paradoxal tarefa de ser mãe, e mais ainda mãe de Miguel, esse menininho arteiro e sapeca, que nos dá um chá de cansaço, mas também sempre de muita alegria! É uma benção, sem dúvida, e sei que ele veio para dar sentido à minha vida, engrandecer o meu ser, me ensinar muitas lições, desde que eu soube de sua existência. Obrigada, Senhor, por isso! Parabéns, meu príncipe-arcanjo! Como a mamãe o ama! E como é bom ver você todo dia me dizer que me ama pouquinho, só para me enganar, mostrando com o dedinho, e depois esticar os bracinhos o máximo que pode para revelar o tamanhão do seu sentimento, que, garanto, não é maior do que o meu! Ficamos, então, empatados. Pode ser?

Beijos e saboreie bastante, meu amado tricolor, o seu bolinho com "sereia", que, na verdade, é "cereja". Adoro quando você vem com essas trocas de palavras, já que costuma, para a sua idade, errar tão pouco! Espero estar errando pouco também como mãe, sabe!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Essa menina promete!


Pavilhão de espelhos

Não, eu não me arrependi de nada
Vida voa e o tempo é outro já
Você mudou e eu também
Tô aqui só pra saber que existe saudade
Ainda bem

Como num pavilhão de espelhos,
Eu te vejo multiplicada em mil
Eu vim aqui pra ver você
Solta, vestida de lua na nuvem
Dança como se dançasse pra ninguém
Ainda bem

Sim, eu sei que vieram chuvas
Noites cheias de céu vazio e vão,
Cruzei o mar, estrada além
Tô aqui pra ver se ainda bate, pulsa
Ainda bem

(Roberta Sá)

Não faz muito tempo que descobri essa excelente cantora chamada Roberta Sá! Ela se destacou num DVD que reunia muitos cantores, chamado "Samba Social Clube", mas confesso que essa música, em especial, mexeu profundamente comigo e entrou na minha trilha sonora, ainda mais por ontem. Faxina nos meus murais e porta-retratos... Só restou uma foto ou outra... e olhe lá. A necessidade de mudar o rumo da minha vida sempre implicou em mudar também esse tipo de coisa. Curioso isso, até!

Lembrei-me do dia em que, com a ilusão ainda pela metade, arranquei muitas fotos do casal que já ruíra e mantive apenas as de um trio em que eu ainda acreditava. Depois, num outro vendaval, até essas se foram e passei a colocar pai e filho, mãe e filho... essas duplas especiais que pensei que nunca nada nem ninguém conseguiria fazer romper, enfraquecer. Ledo engano!

Aí, curiosamente, hoje veio a brisa, calma, sem muita dor e sem lágrima... e fez mais uma nova limpa. Apagou quase tudo do passado e deixou apenas o presente, presentíssimo, e ali percebi que nem diluído "alguém" estava... nem no ele, nem no tu, nem no nós, nem no eu... É bem verdade que doeu, mas... passa, sempre passa. Espelho quebrado. Corte no dedo, na memória e no coração.