segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Pais separados


Miguel ontem me perguntou por que todo amiguinho ia à pracinha com o pai e a mãe, juntos, e ele não. Isso foi como se uma faca bem afiada cortasse meu coração, profundamente, confesso, e, por alguns instantes, fiquei procurando em minha mente o que responder...

Respondi que o papai e a mamãe não namoram mais, resolveram continuar apenas amigos, mas que, um dia, eu ia tentar convidar o pai para ir conosco, se isso o deixaria feliz! 

Nó na garganta. Silêncio dele. Fuzilamento meu. 

Foi correndo brincar de subir na casinha para escorregar (coisa que ele ama fazer!), já esquecido da conversa, enquanto eu ficava ali sentindo sangrar o meu coração... 

Comentei isso hoje, rapidamente, com o pai dele, sem medo algum de sua décima quinta namorada achar que é manipulação ou pressão psicológica ou qualquer outra coisa. Não vou omitir o que meu filho sinaliza  por causa da insegurançazinha de ninguém! 

E eu que achava, tolamente, que a separação não me causaria mais nenhuma dor...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Broto, brotos...


Revendo muitas coisas em minha vida...
Momento mais de colher do que de plantar... graças a Deus!
O cansaço do plantar já passou.
Algo em mim diz que o tempo agora é de sentar, esperar, e olhar as flores... nascendo... brotando... pouco a pouco... sempre ACREDITANDO nelas!
Jardim à vista! Mereço!
Obrigada, Senhor!

Vander em mim, de novo...


Meu jardim

Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores

Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho

Estou podando o meu jardim
Estou cuidando bem de mim
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim...

(Vander Lee)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Termômetro!


Amanheci pior do que fui dormir. Muita dor nos braços e nas pernas... dor de cabeça... aperto na nuca... cansaço... sonolência... e o que é pior: muita ânsia de vômito. À noite então... Nossasinhooora!!! Até febril eu me senti e foi graças a isso que eu pude morrer de rir, para variar,  com meu filhote Miguel, que me ouviu falar isso para mamãe e prontamente parou de mamar, desceu da cama que nem um furacão, subiu no berço, pegou um termômetro dentro de sua caixinha de primeiros socorros e, olhando pra mim, com ar de enfermeiro tarado, gritou: 

-- Arrááááááá!!!! Vamos ver!!!!

E já foi enfiando o termômetro, com sua habitual sutileza e delicadeza de elefante, no meu sovaco! 

Gargalhadas... minhas, de mamãe e, depois de demonstrar não entender nada, dele também! Acho que ele reconheceu ser melhor entrar no coro do que perguntar o porquê das gargalhadas! Esperto demais esse garoto, sem falar que é o melhor de todos os remédios! Cura tudo!

domingo, 15 de janeiro de 2012

(Ar)riscando


"Sigo à risca. Me descuido e vou... 
Quebro a cara. Quebro o coração.
Tropeço em mim. Me atolo nos cinco sentidos.
Viver não é perigoso? Então, com sua licença!"

(Guimarães Rosa)

Nenhuma parte minha nunca recebeu gesso... nunca quebrei nada fisicamente falando... Talvez para compensar as inúmeras vezes que já quebrei meu coração, coitado! Despedaçei muitos sonhos, desfiz castelos de areia que jurei nunca mais construir, mas... que ousei, não tanto tempo depois, construir ainda maiores e mais perto ainda do mar (tem uma linda vista ali e acho que por isso vale a pena correr tanto risco de ver tudo desmoronar). 

Tenho caminhado, embora a passos lentos que invejam até a mais lerda das tartarugas. Mas a inércia não me faz prisioneira, ainda bem! Reajo. Redescubro o poder do cheiro, do gosto, do sentir o vento, do ouvir as ondas indo e vindo, de ver margaridas e girassóis que existem sem necessitarem competir. Há lugar para todo mundo. Há um lugar para mim, especialmente em mim. É ali que me basta, por ora, morar. Moro. Habito. EXISTO!

sábado, 14 de janeiro de 2012

2 anos e 5 meses



As palavras vão se escasseando quando é dele que quero falar...
Em contrapartida, as peraltices e as tiradas vão se multiplicando numa velocidade que me assusta e... me encanta. Paradoxal assim!
É um amor tão grande que parece não mais ter espaço para crescer... mas curiosamente cresce... mais e mais... e me preenche toda...
Preenche até aquela que nem sei quem sou... cômodos que nem sabia que existiam em mim...
Mais um mês ao lado de Miguel e como tenho aprendido! Com ele, especialmente!
Obrigada, filho. Amo você! Parabéns!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O preço da maturidade...


"Eu já quis que o destino me surpreendesse. Quis muito!
Hoje eu só espero que ele não me decepcione."

(Caio Fernando Abreu)

 
Amadurecer inquestionavelmente tem seus benefícios, mas também penso que nos rouba a mágica de muitas coisas, de muitos planos, de muitos sonhos... A gente acaba se anestesiando, inconscientemente, e de repente passa a não esperar nada, ou a esperar bem menos do que gostaríamos!!! Assim é a vida... com seus altos preços... e a questão primordial é pensar se pagamos ou não, e quando!!!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Apresentando um príncipe a outro


Tentando começar a organizar as minhas estantes (o que é serviço para quase uma semana, ainda mais a prestação, por conta de Miguel), me deparei com o "Pequeno príncipe", e aí fui obrigada a dar uma pausa para apresentar tal livrinho (atemporal) ao meu filhote! Sempre me encanto e volto a ser tão criança quando o conheci pela primeira vez... Muito bom sentir duas crianças lendo o livro... A criança que há em mim gostou da cumplicidade (mesmo sem entendê-la muito bem), enquanto meu lado mãe, feliz, satisfeito, orgulhoso, sorria ao ver a tamanha aceitação por parte do filho!

Uma pena que a outra ponta do triângulo tenha sempre se recusado a ler tal livro por se considerar adulto demais...!!! Hunft!!!

domingo, 1 de janeiro de 2012

...Feliz ano novo!!!


O novo quando chega nos enche de esperanças...
Silencio-me então.
Que o ano que se inicia possa falar por mim...