domingo, 30 de outubro de 2011

Ser chique sempre

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje. A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas. Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano. O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.
Chique mesmo é ser discreto. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.
Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio. Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuaçõe inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.  É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua. Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador. É lembrar-se do aniversário dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais! Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.
Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor. É "desligar o radar", "o telefone", quando estiver sentado à mesa do restaurante, prestar verdadeira atenção a sua companhia.


Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios. Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Chique do chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico... quando se pretende corrigir o caráter: não há plástica que salve grosseria, incompetência, mentira, fraude, agressão, intolerância, ateísmo... falsidade. Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material deste mundo. Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correta. Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é crer em Deus! 
Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas, Amor e Fé nos tornam humanos!


(Glória Kallil)

sábado, 29 de outubro de 2011

Chegando ao 3.6!!!




‎"Nada tenho a ver com não gostar de mim. 
Me aceito impura, me gosto com pecados e há muito me perdoei."
(Martha Medeiros)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Estamos com fome de amor

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: ‘Digam o que disserem, o mal do século é a solidão’. Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias. Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos ‘personal dance’, incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão ‘apenas’ dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos despreparados por não saber como voltar a ‘sentir’, só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamento ORKUT, o número de comunidades como: ‘Quero um amor pra vida toda!’, ‘Eu sou pra casar!’ até a desesperançada ‘Nasci pra ser sozinho!’.
‘Unindo milhares, ou melhor, milhões em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis. Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, é demodé, é brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, ‘pague mico’, saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz: ‘Se um problema é grande demais, não pense nele e se é pequeno demais, prá que pensar nele”. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou ser uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer prá alguém: ‘vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida’.
Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!
(Arnaldo Jabor)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Precisando encontrar o meu...



Cantinho escondido

Dentro de cada pessoa
Tem um cantinho escondido

Decorado de saudade

Um lugar pro coração pousar
Um endereço que frequente sem morar
Ali na esquina do sonho com a razão
No centro do peito, no largo da ilusão

Coração não tem barreira, não
Desce a ladeira, perde o freio devagar
Eu quero ver cachoeira desabar
Montanha, roleta russa, felicidade
Posso me perder pela cidade
Fazer o circo pegar fogo de verdade
Mas tenho meu canto cativo pra voltar

Eu posso até mudar
Mas onde quer que eu vá
O meu cantinho há de ir

Dentro...


(Marisa Monte)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O meu olhar...


O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo.Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

(Fernando Pessoa)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O que quer uma mulher?

Uma mulher quer que suas unhas não quebrem nem descasquem. Uma mulher quer se sentir atraente com o peso que tem. Uma mulher quer ver seu trabalho valorizado. E quer ganhar dinheiro com ele. Uma mulher quer ser amada. Quer viver apaixonada. E quer se divertir.

Poderíamos encerrar essa questão neste primeiro parágrafo, mas como a página necessita ser preenchida, avante.

Uma mulher quer ter filhos. Ou já quis um dia. Uma mulher com filhos quer ter mais tempo para si mesma. E uma mulher com tempo de sobra quer uma rotina mais agitada. Uma mulher só não quer o tédio.

Uma mulher quer um cabelo que não precise ser constantemente arrumado, pintado, escovado. Uma mulher quer conversar. Uma mulher quer ficar em silêncio. Uma mulher quer que lhe telefonem de surpresa e lhe digam coisas que a façam ficar sem palavras. Uma mulher quer deixar um homem maluco. E ter, ela mesma, o direito de enlouquecer.

Uma mulher quer aprender a ser mais egoísta. Quer, ao menos uma vez na vida, pensar só nela e em mais ninguém.

Uma mulher quer inspirar um poema. Quer ser musa. Mas não quer ser confundida com essas mulheres que não controlam a própria vaidade, perdem a noção e pagam mico nas páginas das revistas.

Uma mulher quer colocar comida na mesa e que as crianças raspem o prato, uma mulher quer seus filhos saudáveis e felizes, uma mulher quer que eles durmam a noite toda, de preferência em casa.

Uma mulher quer desligar a tevê. Uma mulher quer sexo. Uma mulher quer devorar um pão de meio quilo sem culpa. Uma mulher quer sair bonita na foto. Uma mulher quer dormir mais cedo. Uma mulher quer ser reparada na festa. Uma mulher quer que seu carro não a deixe na mão. Uma mulher quer ser escutada.  E quer escutar os homens, que pouco se abrem.

Uma mulher quer fazer algo pela sociedade. Quer ajudar quem precisa. Quer ser útil. Em troca, quer que a ajudem com as sacolas. E que a amparem na dor.

Uma mulher quer ter o gostinho de dizer não para os cafajestes. Por mais que ela queira dizer sim.

Uma mulher quer morrer de rir. Uma mulher quer que não a levem tão a sério. Quer batalhar por seus ideais sem se embrutecer.

Uma mulher quer de vez em quando demonstrar seus dotes de atriz. Uma mulher quer brilhar no escuro.

Uma mulher quer paz. Uma mulher quer ler mais, viajar mais, conhecer mais. Uma mulher quer flores. Quer beijos. Quer se sentir viva. E quer viver para sempre, enquanto for bom. Está respondido, Doutor Freud. Não somos assim tão complicadas.

(Martha Medeiros) 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Evolução...



"A maturidade me permite olhar com menos ilusões,
 aceitar com menos sofrimento,
 entender com mais tranquilidade,
querer com mais doçura".

(Lya Luft)

domingo, 23 de outubro de 2011

Aprendendo...


O apanhador de desperdícios

Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.

(Manoel de Barros)



Tenho tentado aprender a não desperdiçar tanto as coisas (internas e externas), mas se não consigo ainda colocar isso em prática em um determinado momento, tenho tentado aproveitar  os desperdícios, seguindo o exemplo do Manoel de Barros... e tentado absorver tudo de cada coisa... sem ficar rotulando-a de importante ou desimportante, porque, no fundo, tudo tem um porquê, um valor, se não Deus não teria inventado...

sábado, 22 de outubro de 2011

Mamãe sabe tudo!


Ser mãe é algo mesmo muuuuito louco, confesso, e renovador! Às vezes até uma frase aparentemente simples de Miguel me leva a uma série de reflexões e de análises!

Estava sentada no chão com ele, brincando de desenhar, e ia pedindo para que ele desenhasse os mais variados tipos de coisas: borboleta, bola, sorvete, casa, palhaço, bolo, cenoura, coelho, lagartixa, gato, cachorro... e em nenhum momento eu o ouvi dizer que não sabia desenhar! Fiquei ali "viajando" e tendo não só o maior orgulho do meu filhote, mas também invejando a sua coragem! Por que quando vamos nos tornando adultos e até mesmo adolescentes vamos ficando mais inseguros, né? Era para ser o oposto, diante de tantas experiências que vamos adquirindo...

A segunda lição do dia foi o fato de, logo em seguida aos desenhos, ele me perguntar a cor de cada lápis de cor... e eu prontamente responder. Foi a vez de senti-lo ter orgulho de mim, principalmente quando soltou um sonoro: "PUXA, MAMÃE SABE TUDO!"

É, meu filho, quem me dera saber de todas as respostas... Quem me dera se todas as questões filosóficas e existenciais pudessem ser assim respondidas de forma tão simples e rápida! Aos poucos, (in)felizmente, você vai perceber que a mamãe sabe tão pouquinho de cada coida... só o básico... mas notará que ela também tem tentado, ainda mais depois da sua chegada, aprender sempre, mais e mais, e tem tido, por incrível que pareça, um excelente professor: VOCÊ!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Precisando de motivação...


Passei o dia todo hoje tentando fazer um pequeno vídeo sobre Quinhentismo para os meus primeiros anos, a fim de tornar menos chato o assunto. Coloquei muitas charges, tirinhas, música, alguns trechos mais interessantes da Carta de Pero Vaz de Caminha... foi uma aula bem legal e eu até curtiria bastante, se antes não tivesse sabido que, a esta altura do campeonato, vão juntar as turmas, pouco se importando com a perda pedagógica e com a mudança de professor, de turno, de turma e talvez até de escola! Muita falta de consideração e de sensibilidade! E depois ainda se ouve falar em boas intenções e um monte de blá-blá-blá!

O professor vive cheio de pressões, é o maior descaso, é mal remunerado, é culpado por fracassos dos quais, na verdade, ele é vítima e agora a moda é falar em aulas motivadoras! Deixo aqui a pergunta que não quer calar: E quem nos motiva??? Precisamos tanto... e não é hoje!!!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Antídotos e travessias

Não sei se já existia uma espécie de antídoto para as anestesias da vida, só sei que conversar com um certo amigo hoje, para mim, foi libertador...!!!

Há meses eu me sentia meio indolor... Depois de uma porrada atrás da outra, depois de me sentir colecionando decepções (inúmeras), achei que assim eu pudesse me proteger, e encontrar um porto seguro de mentirinha até o verdadeiro (se existe) chegar. Fui prolongando esse sentimento e entrei em pânico por me sentir tão "vazia". Tentava procurar (inutilmente) o meu ponto de restauração e... cadê ele?!? E eis que magicamente um novo ponto foi criado, com a ajuda de uma frase que surgiu como um sol tímido que chega depois de dias de chuva: 

"Não sentir nada é esvaziar o pote, para receber água nova... confie... é infalível..."

De repente até o vazio fez algum sentido... até porque ele deixou de sê-lo... Recebi naquele instante um pingo, uma gota, e o que parecia ser tão pouco encheu-me da vontade de um dia voltar a me encher. Anestesia sendo ameaçada? Que alegria! Voltando a sentir? Será? Indagações... logo logo respondidas... totalmente... com:

"Vou contar um segredo... Outro dia me vi diante o espelho, era manhã, me vi mais velho e entristecido, mas ao mesmo tempo maduro e preciso... então tomei uma decisão... procurar o eu perdido... encontrei-me, saí e fiquei uma longas horas a conversar comigo mesmo, me disse coisas que até então não tinha coragem, meus erros, minha decepções, minhas angústias, obstáculos, tudo... Falei a mim mesmo as verdades que precisava ouvir, chorei, deu-me vontade de esmurrar a mim mesmo, depois abracei-me e me perdoei, por tudo que não tinha feito por mim mesmo... Sabe o que aconteceu? Estou feliz agora... e, confesso, só consegui atrair coisas boas..."

Anestesia indo embora... Consegui perceber que, na verdade, é esse o caminho da travessia... Muito bom não esperarmos respostas e elas aparecerem assim, leves, como borboletas... Mágica... Miolos de pão jogados por um grande amigo que já fez a travessia e não só sobreviveu, como se reencontrou! O vazio deu lugar à esperança! Agora, com licença, vou procurar com urgência um espelho e esperar a manhã chegar. Tenho um encontro marcado comigo mesma... e, venha o que vier, isso é só um começo... Já sei então o caminho. Caminho por ele, agradecida ao FLÁVIO GUIMARÃES por, mais uma vez, regar o meu ser. Obrigada, meu amigo querido! 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Socorro mesmo!

Não adianta que nunca vou preferir (conscientemente) a anestesia à sinestesia, ainda que esta possa me destruir, me deixar em destroços, como já o fizera tantas e tantas vezes!  Sentir, ainda que dor, será sempre mais bem-vindo do que não sentir nada... Então por que eu estou tão assim... mumificada, heim?!? Medo, muito medo!!!



Socorro

Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir

Socorro, alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor nem dor
Já não sinto nada

Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Tem tanto sentimento, deve ter algum que sirva

Socorro, alguma rua que me dê sentido
em qualquer cruzamento, acostamento, encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada...

(Arnaldo Antunes)

Ainda prefiro o Itaú!


Ainda bem que, apesar da exigência do "digníssimo" Sérgio Cabral em fazer que todos os servidores abram uma conta no Bradesco (banco que eu odeio!), existe a possibilidade de se continuar, sem nenhum encargo, no Itaú. Tudo bem que esse banco cobra taxas e juros altíssimos, mas aprendi a gostar dele, principalmente das propagandas que eles bolam, como esta. Acho uma graça e como tão bem capta o que se passa no coração das pessoas!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Alívio!

Dia de pediatra... e, por incrível que pareça, a consulta pareceu ser mais para mim do que para Miguel, se bem que hoje ele foi mais animado, espontâneo e carinhoso com a Maria Cristina! Quase não chorou, brincou com os dinossauros, cantou, se soltou! Foi um momento de mudança e de renovação, para nós dois, graças a Deus! Acho que fechei o ciclo da preocupação e da culpa com relação ao meu filho e a separação, finalmente!

Desde novembro Miguel despencou no quesito peso e meio que estacionou na estatura... Passou não só da curvinha em que sempre esteve para a abaixo, como chegou a perigar ir para a curva problemática, a vermelha, que requer atenção -- a tal temida por todas as mães. Cada ida à pediatra era, para mim, desde então, como se eu estivesse indo para uma espécie de forca, sem exagero! Eu me sentia morrer toda vez que via meu filho magrinho, sendo examinado. Me sentia uma péssima mãe! Saía de lá arrasada.

Custei a acreditar que tudo isso pudesse ser resultado de uma separação difícil... cheia de idas e vindas... de perdão e de tentativas de recomeço... de ilusão... que confundia a cabecinha dele. Achei que eu fosse boa atriz e que meu filho não estivesse percebendo a minha dor, a minha tristeza, o meu luto, as minhas lágrimas... até que um dia ele, com toda sabedoria e maturidade infantis, enxugou os meus olhos e falou um "não chora não, mamãe, aqui Gueguel!"

Daquele dia em diante eu percebi que realmente não valia a pena prolongar nada daquilo... e que o melhor presente do mundo estava ali, na minha frente, querendo mais atenção, mais amor e me amando incondicionalmente, do jeito que eu sou, com todas as minhas falhas! Foi preciso levar esse "puxão de orelha" de um cotoco de gente para eu "acordar" e apenas agradecer por tuuuudo o que já passei nesta vida, em vez de me lamentar e de me punir por coisas que não estavam ao meu alcance! Obrigada, filho! Hoje confirmei que isso tudo resultou numa mudança de postura e de foco da qual nós dois saímos mais do que vencedores! 

Você tem moeda?!?


Se antes ele me esperava chegar em casa para pedir peitinho, de uns dias para cá somou-se a esse ritual o pedido de moedas. Tudo isso porque cismei de lhe dar um cofrinho em formato de porco, aliás, de porcão, imeeeeeeeeenso, e verde ("da cor do meu amigo Shrek"). Não pensei que ele fosse levar tão a sério a ideia, tanto que não quer nem mais catar moedas para comprar jujuba e mariola... e o porco já está ficando bem gordinho... e a minha carteira e a de mamãe proporcionalmente magrinhas, vazias, sem falar que estamos "proibidas" de comprar qualquer coisa usando moedas! Sem dúvida alguma, esse meu filho me diverte! Está sempre "comprando" as minhas maluquices e ainda conseguindo ir além, em todas elas!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Já estamos com saudades!


A exemplo de "Ti ti ti", Miguel hoje sentiu falta de "Morde e assopra", cuja abertura ele já estava habituado a assistir sempre que passava. Desde o primeiro dia se encantou pela "mouça" e pelo "dinossaro", sem falar que adorava o "queleto" e o fato de a novela trazer a música de Luan Santana (ele amaaaaaa!), que ele repete um milhão de vezes por dia: "Amar não é pecaaaaaaaaado e se eu estiver erraaaaaado, que se dane o muuundo, eu só quelo vocêêê". Uma comédia! Também vou sentir falta dessa novela, confesso, e não só pelo fato disso me privar de ver a carinha de satisfação do meu filho, mas por não poder mais ver as participações hilárias de André Gonçalves como o homossexual Áureo! Impagável!

Louvando...



Abraça-me

Ensina-me a sentir Teu coração
Jesus, quero ouvir Teu respirar
Tirar Teu fôlego com minha fé e te adorar
Jesus, Tu és o Pão que me alimenta
O verbo vivo que desceu do Céu
Vem aquecer meu frio coração
Com Teu amor

Abraça-me, abraça-me
Cura-me, cura-me
Unge-me, unge-me
Toca-me, toca-me

Vem sobre mim
Com o Teu manto
Reina em mim com Tua glória
Pois ao Teu lado é meu lugar
Aleluia, Aleluia

(André Valadão)


Nada melhor do que iniciar este dia chuvoso ouvindo louvores...

Cada dia mais reconheço a importância de Deus em minha vida... E não se trata de um Deus que procuro apenas nos momentos de dor e de aflição não... mas SEMPRE. Ando meio preguiçosa para ir à igreja há alguns meses, confesso, e sei que preciso mudar isso, porque sei que lá é um lugar que nos fortalece. Saudades de ouvir as pregações do Pastor Fabrício...  saudades das orações por telefone do Pastor Sidiney...  saudades das reuniões do pessoal da S8... 

Trago várias igrejas misturadas em mim... Cada uma delas corresponde a um pedaço da minha historia e das minhas buscas, que não cessaram, mas compreendo que há momentos em que é necessário o convívio apenas com nós mesmos, dialogando com Deus, numa intimidade que só eu e Ele entendemos.  Só que já estou começando a sair deste momento de introspecção... sinto que está quase na hora de sair do casulo... e no tempo certo, espero. Obrigada, Senhor, até mesmo por cada provação que tenho passado, pois sei que se é da Sua Vontade, há um propósito, que ainda não entendo muito bem, mas... confio em Ti, então sigo.

Dialogando com Miguel


"Recomeça... se puderes, sem angústia e sem pressa
 e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade,
enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade".

(Miguel Torga)

É, Miguel, como estou disposta a colocar tudo isso em prática... Pressa já aprendi a não ter, mas ainda trago em mim um pouquinho de angústia, que em breve, eu sinto, se desprenderá e ficará pelo caminho. Não busco atalhos. Não há nada premeditado nem ensaiado, há apenas a capacidade de improvisação, de ter de lidar com o inesperado... e a ele, seja bom ou ruim, me adaptar. Tenho me sentido preparada (igualmente) tanto para as flores quanto para os espinhos... Estes não me fazem desviar do caminho, por ter aprendido a pisar neles e  ainda conservando os pés descalços. Não quero nada que me engane e que me iluda de que viver é indolor. A  única coisa que ainda pode me desviar do caminho são as flores... Ahhh, não consigo me sentir cruel pisando em seres mais frágeis ainda que eu! Nem sei, sinceramente, se é esse o caminho. Nem sei se um dia será...

Prossigo na caminhada, mesmo sentindo fome. Não descanso. Não abraço as pausas. Já apanhei demais dos hiatos! A fome, se bem usada, motiva, estimula. Pior é a ilusão da meia maçã, da metade da pêra... que nunca sacia. Chega, de uma vez por todas, de placebos! Eu quero TUDO e mais a soma das metades que tenho deixado passar. Não mereço, Miguel?!?

domingo, 16 de outubro de 2011

Grávida de estrelas

Como já dizia Friedrich Nietzsche: "é necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela". Portanto, sinto-me grávida. Grávida de uma estrela, aliás, pelo mundo de caos que trago em mim, gero gêmeos ou trigêmeos. Não sei ao certo. Só sei que sinto tudo pulsar, gemer, ensaiar um choro. Sim, o choro pode ser o prenúncio da chegada ao novo. Choro então. Tudo já está novo. Novas cores e nuances. Alma tão nua feito quem vai chegar. Só sei que o tempo de gestação será menor do que o de Miguel. Sinto que não demora sairá, ou sairão, ou sairemos. Sinto que alguns expectadores se mostrarão surpresos, de fato. Será surpreendente mesmo (garanto)! 

sábado, 15 de outubro de 2011

Quando tudo começou...

Tentei forçar o HD da memória a fim de me lembrar da minha primeira aula, do meu início como PROFESSORA! Nessa estranha corrida no tempo, alguns momentos chegaram primeiro, e com tamanha vantagem com relação a outros. Poderia citar aqui o seminário que eu dei ainda no Ensino Médio (que, na época, ainda se chamava Segundo Grau), ou as aulas de reforço que eu dava aqui em casa a fim de faturar uns trocadinhos, ou aquela aula que eu dei para a minha própria turma, ou as aulas exigidas no período de estágio, ou a primeira aula que eu dei para a minha primeira turma no Colégio de Aplicação da  FERLAGOS, quando nem formada eu ainda era e havia um "estagiária" no meu contrato em vez de "professora".

Poderia, acho, considerar a primeira aula que dei quando entrei para o Estado, depois do juramento feito na formatura (que me deixou tão emocionada a ponto de chorar e que eu até hoje levo a sério)  e quando a tal "estagiária" deixou de existir para ganhar o peso da "professora". Só que nenhuma dessas lembranças, confesso, respondeu à pergunta "Quando tudo começou?" e aí descobri que, antes mesmo de eu me dar conta, já me pegava sendo professora, quando colocava minhas bonecas enfileiradas e tentava ensinar para elas todas as novidades que eu aprendia na escola. Houve um tempo em que as bonecas se tornaram silenciosas e apáticas demais... e então passei a substituí-las pelas crianças da vizinhança! Recordo-me que, apesar de eu sempre querer aprender, tudo, NUNCA aceitei ser aluna nesse tipo de brincadeiras, o que é curioso. A professora que havia em mim gritava e eu precisava ouvi-la, mesmo que, ao mesmo tempo, planejasse ser veterinária, advogada, psicóloga.

Apesar dos pesares, AMO a minha profissão e ainda me acho não só útil, mas também uma AMEAÇA a todos aqueles que sonham com um mundo repleto de seres tomados pela cegueira, pela alienação, pela submissão, pela manipulação. VIVA OS PROFESSORES QUE AINDA ACREDITAM EM MUDANÇAS! Felizmente alguns ainda me fazem companhia nesta luta! Graças a Deus!

Em transição...



"Eu não sou quem eu gostaria de ser;
eu não sou quem eu poderia ser, ainda, eu não sou...
Mas graças a Deus eu não sou mais quem eu era!"

(Martin Luther King)

Felizmente sou um ser em eterna transformação... aberta a mudanças, por considerar que algumas são pra lá de necessárias e nos levam à evolução! Sei que ainda estou dando os primeiros passos e que a caminhada é longa, mas ela não me assusta. Se cansar, paro um pouco pra descansar e recomeço. Procuro não olhar mais muito para trás, a não ser para constatar que, se no meio do caminho estou, é mais vantajoso andar para frente e saborear o novo, mesmo que seja para descobrir que ainda não é ele que esperamos. É o novo que vem depois do novo. Vamos a ele então! Sem medo, sem pressa, deixando apenas o tempo conduzir...

Isso tem valido para todo e qualquer setor da minha vida, principalmente o profissional. Não adianta querer ser a professora Andreia sem filhos, sem tanta correria, sem tantas abdicações, esperando ter o tempo de antes para me dedicar. Isso não seria justo comigo. A realidade é outra. Não deve haver mais espaço nem para a culpa, até porque para isso também necessitaria de um tempo, que não tenho, para remoer. Aceito ser quem posso ser no momento... e o resto é resto. 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

2 anos e dois meses


Hoje meu filhote completa 2 anos e 2 meses de vida e é ele a minha principal fonte não só de inspiração, mas também de renovação! É ele meu vagalume poderoso quando está tudo escuro... e me guia. É ele que prontamente me obriga a sorrir quando todos os sorrisos parecem ter fugido.  É ele que tão sabiamente aperta um botãozinho e aciona a criança que mora em mim. É ele que a convida para brincar nas pracinhas da vida... a rolar na grama sem nenhuma vergonha do que os adultos vão pensar... a dar gargalhadas escancaradas... a entender alguém só pelo olhar... e ser entendida também! Meu filho é uma bênção, um presentão que Deus me deu para tornar mais suaves mudanças que seriam tão bruscas e devastadoras...

Ele é meu tudo e por ele sou capaz de me fazer forte até mesmo quando tão fraca me sinto! Sou capaz de me levantar como num passe de mágica mesmo quando há todo o peso do mundo em minhas costas! É ele o melhor remédio para curar todos os meus machucados, com seus beijinhos... e não sabe ele que cura não só os físicos, mas até os mais profundos da minha alma!

Obrigada,  Miguel, por fazer tudo isso por mim, e sem nem se dar conta nem da metade! Parabéns pelo dia de hoje, e por todos os outros de sua existência! Como eu o amo! 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A primeira renovAÇÃO!


O fato de ter sentido vontade de iniciar mais um blog, ainda mais num dia 13, que é meu número preferido,  já é, por si só, uma renovAÇÃO (necessária). É fechar um ciclo para se abrir outro. Ou, se ainda não é um fechar (totalmente) o outro, também não é deixá-lo aberto, escancarado. É o tal do semi-aberto, que eu penso existir em tudo... transições... um misto de tudo... um louco conviver de sentimentos, de sensações, de emoções, de paradoxos...!!!

Não quero apressar nada... mas também não quero prolongar nenhuma etapa... Quero que tudo ocorra no tempo certo... E não no meu tempo (regado por inquietações que, apesar de estarem sendo curadas, ainda existem e atormentam o meu ser), mas no tempo de Deus.

Nada melhor então do que iniciar este espaço transcrevendo algo que eu adoro, que é uma parte do Eclesiastes  3:1:

"TUDO tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu: Há tempo de nascer, e tempo de morrer; Tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; Tempo de derribar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; Tempo de prantear, e tempo de saltar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; Tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; Tempo de guardar, e tempo de deitar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; Tempo de estar calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de aborrecer; Tempo de guerra, e tempo de paz..."

Que em meio a tantas antíteses e paradoxos, Senhor, eu não me perca. Que seja o meu guia, sempre! Conduza-me!