domingo, 11 de agosto de 2013

Pílulas do Dia dos Pais



Dia triste devido às saudades acentuadíssimas, mas também repleto de lembranças que me fazem sorrir, ainda que apenas por dentro, porque por fora, discretamente, choro, chovo. Um raio de sol, porém, acena e vem ao meu socorro, perguntando:

-- Esse é o meu vô?
-- Sim, filho, é seu vovô Antônio, o meu pai. 
-- Seu pai, nada. MEU avô. 
Silêncio, quebrado sabiamente por ele, que ri e brinca:
-- Seu pai é Jeter. 
-- O SEU é Jeter. O meu é Antônio. 
Choro. Ele me pergunta por quê e eu digo que sentir saudades dói. 

Choro porque sei que ele, no fundo, sente falta de uma presença masculina na vida dele, mais diária, que eu sei que meu pai poderia brilhantemente ser. 
Choro pelos momentos juntos que um desperdiça tanto e que sei que o outro gostaria tanto de ter tido. 

Mas estas últimas partes, claro, Miguel não precisa entender, nem ao menos saber. Apenas choro. Discretamente. E isso já basta. Catarse.

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Mamãe chega no quarto e pergunta o que é. Eu fungo, e tento disfarçar, dizendo que estou resfriada e com dor de cabeça. Um fofoqueiro de quase quatro anos prontamente me desmente: 

-- Não é nada disso, vovô! Ela está chorando com saudades do meu vovô Antônio... 

O que eu tentava evitar, claro, aconteceu. Mamãe chorou. E novamente o raio de sol saiu com uma deles:

-- Ihhh, tá com saudades do seu pai também, vovó? 

Juro que não sei se o belisco ou se o beijo... rs

Um comentário:

  1. Temos que agradecer a Deus por termos tido pais tão especiais e que nos ensinaram tanto! :-)
    Beijos
    Rosa

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Obrigada por me ajudar nas renovAÇÔES!