Clara passou alguns meses cheia de expectativa, esperando que ele ligasse e dissesse que estava no portão à sua espera, como fazia no começo. Ela queria não precisar pedir ajuda e ele, em sintonia, logo lhe estender a mão mesmo sem saber pra quê. Pensou que, com o tempo, os sentimentos de paixão que sinalizavam fossem se transformar em algo muito mais sólido, regado a emoções e companheirismo que jamais conheceu em realacionamento algum. Só que, por alguma razão, o sólido derreteu, como pedra de gelo que, num piscar de olhos, num dia quente, logo vira água e escorre pela toalha sem deixar nenhum vestígio de que existiu.
A sensação é que ao ir atender a campainha (e não era nem ele!) e voltar, tudo se fora. Algo parece ter ficado lá fora, à revalia. O de dentro dela também se foi, pois não queria ficar só. Só que justamente neste momento, sendo verdade ou não, tudo parecia mudar dentro dele, que não hesitou em pegar o celular e mandar um SMS para ela fazendo a pergunta cortante: "Quer ser minha mulher?" Não. Decididamente ela não queria mais. O tempo tinha passado e ele, tolo, nem tinha percebido...
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