terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Coisa de (c)alma...


Tenho notado muita carência entre as pessoas, e não me refiro só às que estão sozinhas não, e sim às  casadas ou que namoram há anos. Nunca vi o mundo tão pobre em questão de amor, de carinho, de atenção! E olha que são muitos os beijos na boca, os abraços, os amassos e até as rapidinhas em lugares que nem precisam mais ser desertos... e tudo isso sem nem escandalizar, já que o povo se acostumou e até gosta de olhar, como num BBB mais próximo! 

Longe de mim ser hipócrita ou retrógrada, mas nada disso faz a minha cabeça... não preenche o meu ser... deixa ainda mais vazio o meu coração! Não gosto de me sentir usada nem de usar... não consigo, embora já tenha tentado, ser e ver o outro como descartável... e o "lavou, tá novo" nunca vai fazer a mágica de deixar zerado, sem dores, sem mágoas... O ser humano traz marcas, do que viveu, do que não viveu, e principalmente do que mais tentou esquecer. 

Não quero relacionamentos miojos, prontos com rapidez.. Minha fome é grande, mas quero o requinte, quero o demorar para fazer, com cuidado e empenho, olhando a receita... para que nada dê errado (mesmo sabendo que vai dar -- que alívio!). Entendo perfeitamente Neruda! Preciso de encantamento... de paixão... de admirar o outro com um entusiasmo de quem acabou de descobrir a pólvora... e sentir que, apesar de existirem flores tão mais lindas, eu sou única, a escolhida! E vice-versa! 

Sinto-me uma alienígena num mundo em que só o corpo conta e não se fala mais em alma, quem dirá querer entendê-la! Leva tempo... tem que ter uma calma de que o ser humano em sua correria diária  não dispõe... Mas eu quero entender... e a começar pela minha... para poder desenhar para o outro uma espécie de mapa... cheio de atalhos... É a única facilitação que permito, por ora! 

Um comentário:

  1. Como te entendo, amiga! ESte texto fala por mim também. Infelizmente o mundo atual dá valor às coisas erradas. Amei o texto!

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Obrigada por me ajudar nas renovAÇÔES!