"Recomeça... se puderes, sem angústia e sem pressa
e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade,
enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade".
(Miguel Torga)
É, Miguel, como estou disposta a colocar tudo isso em prática... Pressa já aprendi a não ter, mas ainda trago em mim um pouquinho de angústia, que em breve, eu sinto, se desprenderá e ficará pelo caminho. Não busco atalhos. Não há nada premeditado nem ensaiado, há apenas a capacidade de improvisação, de ter de lidar com o inesperado... e a ele, seja bom ou ruim, me adaptar. Tenho me sentido preparada (igualmente) tanto para as flores quanto para os espinhos... Estes não me fazem desviar do caminho, por ter aprendido a pisar neles e ainda conservando os pés descalços. Não quero nada que me engane e que me iluda de que viver é indolor. A única coisa que ainda pode me desviar do caminho são as flores... Ahhh, não consigo me sentir cruel pisando em seres mais frágeis ainda que eu! Nem sei, sinceramente, se é esse o caminho. Nem sei se um dia será...
Prossigo na caminhada, mesmo sentindo fome. Não descanso. Não abraço as pausas. Já apanhei demais dos hiatos! A fome, se bem usada, motiva, estimula. Pior é a ilusão da meia maçã, da metade da pêra... que nunca sacia. Chega, de uma vez por todas, de placebos! Eu quero TUDO e mais a soma das metades que tenho deixado passar. Não mereço, Miguel?!?
Merece, Andréia!
ResponderExcluirUma das coisas de que mais gosto em você é mesmo isto: o impulso são de buscar o melhor da vida, não se conformar com pouco nem com acanhamento besta.
Haja coragem - mas também acho que é assim mesmo que a gente vai abrindo caminho pra mais luz.