Finalmente consegui assistir a "Como estrelas na terra - Toda criança é especial", que eu já paquero há anos e que veio de longe, pelos Correios, enviado pela minha amiga Zizi Casemiro, já há alguns meses, mas só hoje, por alguma razão, consegui ver!
Chorei, porque infelizmente me vi no discurso autoritário de alguns professores, ainda mais quando comecei a lecionar, ainda muito nova, e cobrava mais dos meus alunos do que hoje acho que deveria, ainda que bem intencionada e não meramente por tirania. Chorei, porque é triste fazerem comparações entre um filho e outro, desconsiderando que cada um é único, sempre, graças a Deus. Chorei, porque vi como tem faltado mesmo sensibilidade no mundo, para perceber a grande diferença entre preguiça e doença. Chorei por puro medo de não ter sabido enxergar tal diferença em alguns momentos da minha vida.
Chorei por ver tanta ignorância por parte dos pais, tanta incompreensão, tanto medo de lidar com o diferente. Chorei por acharem que o diferente vale menos, quando, na verdade, ninguém vale mais ou menos que ninguém, nem com relação a si mesmo e com o que se esperava que fosse. Chorei por de repente não ter sabido encontrar em alguém as habilidades que se tinha e por ter rotulado por não ter encontrado as que eu procurava.
Chorei por pena de ver um menino que precisava tanto de ajuda e compreensão e ganhou ficar distante da família, recebendo solidão em vez de abraço, bronca em vez de carinho, palmatória em vez de ajuda. Chorei porque ninguém entendia seus momentos de revolta... de angústia... Chorei porque também já me senti assim e sei o quanto dói sermos hostilizados quando, no fundo, sedentos, cansados, imploramos, ainda que silenciosamente, por amor. Chorei porque já devo ter matado muitas pessoas-árvores com palavras de desprezo, raiva, amargura, ódio momentâneo, vingança, me esquecendo do quão poderosas são as palavras! Chorei porque muitas vezes elas me fizeram suicida!
Mas também chorei quando souberam OLHAR para ele, verdadeiramente, e se reconhecer nele... de buscar soluções... de acolher... de acreditar em vitória... de querer fazer algo... de precisar fazer a diferença! Chorei quando vi a obra de arte que o menino produziu e que o levou da condição de demente a gênio, de fracassado a vitorioso!!! Chorei, mais ainda, quando o professor retratou esse menino sorrindo, profetizando que se pode, sim, transformar dor em alegria! Choro por querer saber ser esse professor, fazendo pelo meu aluno o que eu, como mãe, gostaria que fizessem com meu filho! Tudo, e mais um pouco.
Impossível assistir a esse filme e continuar sendo a mesma... Ainda bem, Senhor! Obrigada aos meus amigos Márcio Carvalho e Jaqueline Barboza, por terem dado, mesmo sem saber, o pontapé que faltava para eu encontrar tempo para fazer esse "encontro" acontecer!!!
Chorei, porque infelizmente me vi no discurso autoritário de alguns professores, ainda mais quando comecei a lecionar, ainda muito nova, e cobrava mais dos meus alunos do que hoje acho que deveria, ainda que bem intencionada e não meramente por tirania. Chorei, porque é triste fazerem comparações entre um filho e outro, desconsiderando que cada um é único, sempre, graças a Deus. Chorei, porque vi como tem faltado mesmo sensibilidade no mundo, para perceber a grande diferença entre preguiça e doença. Chorei por puro medo de não ter sabido enxergar tal diferença em alguns momentos da minha vida.
Chorei por ver tanta ignorância por parte dos pais, tanta incompreensão, tanto medo de lidar com o diferente. Chorei por acharem que o diferente vale menos, quando, na verdade, ninguém vale mais ou menos que ninguém, nem com relação a si mesmo e com o que se esperava que fosse. Chorei por de repente não ter sabido encontrar em alguém as habilidades que se tinha e por ter rotulado por não ter encontrado as que eu procurava.
Chorei por pena de ver um menino que precisava tanto de ajuda e compreensão e ganhou ficar distante da família, recebendo solidão em vez de abraço, bronca em vez de carinho, palmatória em vez de ajuda. Chorei porque ninguém entendia seus momentos de revolta... de angústia... Chorei porque também já me senti assim e sei o quanto dói sermos hostilizados quando, no fundo, sedentos, cansados, imploramos, ainda que silenciosamente, por amor. Chorei porque já devo ter matado muitas pessoas-árvores com palavras de desprezo, raiva, amargura, ódio momentâneo, vingança, me esquecendo do quão poderosas são as palavras! Chorei porque muitas vezes elas me fizeram suicida!
Mas também chorei quando souberam OLHAR para ele, verdadeiramente, e se reconhecer nele... de buscar soluções... de acolher... de acreditar em vitória... de querer fazer algo... de precisar fazer a diferença! Chorei quando vi a obra de arte que o menino produziu e que o levou da condição de demente a gênio, de fracassado a vitorioso!!! Chorei, mais ainda, quando o professor retratou esse menino sorrindo, profetizando que se pode, sim, transformar dor em alegria! Choro por querer saber ser esse professor, fazendo pelo meu aluno o que eu, como mãe, gostaria que fizessem com meu filho! Tudo, e mais um pouco.
Impossível assistir a esse filme e continuar sendo a mesma... Ainda bem, Senhor! Obrigada aos meus amigos Márcio Carvalho e Jaqueline Barboza, por terem dado, mesmo sem saber, o pontapé que faltava para eu encontrar tempo para fazer esse "encontro" acontecer!!!
A alegria de um filme me emocionar, só é superada pela alegria de saber que essa emoção pôde ser compartilhada com pessoas como você.
ResponderExcluir"Há braços"
Dequinha, só o seu comentário sobre o livro já nos leva a refletir sobre nossa prática como professores e pais. O filme deve ser realmente especial. Seus textos sempre ótimos.
ResponderExcluirBeijão.
Márcia G.
Adorei o texto e estou louca para assistir ao filme!
ResponderExcluirBeijos
Rosa