Hermann Hesse sempre foi meio salvador para mim, principalmente agora, época das terapias aceitadas, dos remédios para a alma, da depressão que assola todos aqueles que têm o mínimo de sensibilidade para perceber que o mundo rejeita, cada dia mais, tudo o que vem do ser humano e que tenta pôr, sem piedade, fogo em todas as suas vestes e máscaras... O tempo todo há um convite à nudez da verdade, porém, bobo é aquele que acredita (de verdade) nisso e se despe... totalmente... e recebe ovadas bem no meio da fuça em vez dos prometidos aplausos!
Já eu, felizmente, aprendi a aproveitar os aplausos, os ovos, até o nada... Desconfio até de que seja este o mais bem-vindo! Há tantas possíveis verdades no nada, no silêncio, no aceitar, no não entender... Ando por aí nua... só que ninguém se choca... muitos nem notam... poucos desconfiam disso... Só um ou outro me lança um olhar cúmplice, que pisca e sussurra um "também estou nu" (como se eu não soubesse!). Para os ditos normais, entediantes, quase sempre, revelo que me visto com roupa da cor da pele... Não há nada sendo mostrado, a não ser, claro, a minha cara de pau de às vezes tentar me enquadrar neste mundo de mentiras, de dissimulações, de hipocrisias... Prefiro o(s) mundo(s) que a minha verdadeira nudez esconde e que é um esconderijo (se-cre-to) para poucos, bem poucos...
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