Estava lendo uns textos da especialização ainda há pouco, enquanto Miguelito fazia (e ainda faz), empolgadíssimo, suas tarefas dos seus livros-lousa, e foi aí que parei, encantada, nestes versos de Manoel de Barros, um poeta que eu acho uma gracinha. Adorei! Confesso que ainda não os conhecia!
Concordo com ele que a maior riqueza do homem é a sua incompletude. Também não me aceito como sou, e, sem saída, acabo sendo, então, múltiplas. Mania de ir além. É um querer quase que vital de me superar, de me surpreender, de ir além, de buscar, de insistir, de caminhar até mesmo quando o corpo e a mente cobram repouso. Digo não aos comandos, à robotização das regras, à rotina que nos aprisiona tanto. Burlo. Transgrido. Rejeito. Não tem jeito de me enquadrar. Simplificar o ser humano é roubar inúmeras possibilidades e eu que não tenho conseguido roubar nem flor...
Peço perdão o tempo todo. A todos. A mim. Quero cores. Quero borboletas -- nossa grande salvação. Então que venham todas: amarelas, azuis, verdes, rosas, vermelhas (muitas!). São todas bem-vindas. Que façamos um imenso arco-íris. Dançante. Juntos. Mutação. Me torno uma. Me torno várias. Abraço a lagarta também. Sei ser. Antes e depois. Transição. Abraço o eu, o tu, o ela, o elas... tudo... convido até aquelas que sou, mesmo não sendo, ainda. Embarco nas possibilidades... na riqueza... nos vários eus, de Deus!
Concordo com ele que a maior riqueza do homem é a sua incompletude. Também não me aceito como sou, e, sem saída, acabo sendo, então, múltiplas. Mania de ir além. É um querer quase que vital de me superar, de me surpreender, de ir além, de buscar, de insistir, de caminhar até mesmo quando o corpo e a mente cobram repouso. Digo não aos comandos, à robotização das regras, à rotina que nos aprisiona tanto. Burlo. Transgrido. Rejeito. Não tem jeito de me enquadrar. Simplificar o ser humano é roubar inúmeras possibilidades e eu que não tenho conseguido roubar nem flor...
Peço perdão o tempo todo. A todos. A mim. Quero cores. Quero borboletas -- nossa grande salvação. Então que venham todas: amarelas, azuis, verdes, rosas, vermelhas (muitas!). São todas bem-vindas. Que façamos um imenso arco-íris. Dançante. Juntos. Mutação. Me torno uma. Me torno várias. Abraço a lagarta também. Sei ser. Antes e depois. Transição. Abraço o eu, o tu, o ela, o elas... tudo... convido até aquelas que sou, mesmo não sendo, ainda. Embarco nas possibilidades... na riqueza... nos vários eus, de Deus!
A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.
(Manoel de Barros)
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Obrigada por me ajudar nas renovAÇÔES!